Leitura

Familiarity of the Surgeon-Anesthesiologist Dyad and Major Morbidity After High-Risk Elective Surgery

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Julie Hallet, MD, MSc; Angela Jerath, MD, MSc; Pablo Perez d’Empaire, MD; François Carrier, MD, MSc; Alexis F. Turgeon, MD, MSc; Daniel I. McIsaac, MD, MPH; Chris Idestrup, MD, MSc; Gianni Lorello, MD, MSc; Alana Flexman, MD; Biniam Kidane, MD, MSc; Wing C. Chan, MPH; Anna Gombay, BA, Hons; Natalie Coburn, MD, MPH; Antoine Eskander, MD, ScM; Rinku Sutradhar, PhD

The operating room is a fast-paced and complex environment where team dynamics have the potential to influence patient outcomes.1-7 Among the many interactions that take place, the relationship between the surgeon and
anesthesiologist is a core component of functioning.1,2,8,9
Recently, our team reported how familiarity between surgeonanesthesiologist dyads is associated with postoperative outcomes after hepatopancreatobiliary and esophageal operations. We observed that greater familiarity between a surgeon and anesthesiologist—measured by the number of times they
had worked together—was associated with a reduction in the odds ofmajormorbidity within 90 days of surgery.9These findings suggest that organizing perioperative care in a way that
promotes more frequent collaboration between specific surgeon-anesthesiologist pairs could improve outcomes for patients undergoing these procedures. However, it remains unclear whether these results apply to other high-risk operations.
Effective teamwork is recognized as a key determinant of success in various high-pressure environments, including aviation, sports, and prehospital emergency care, where team performance improves when team members frequently work together.10-12 This improvement is often attributed to enhanced coordination, shared mental models, and a better understanding of how to respond to challenges under pressure, together.13-18 Although these principles could logically extend to the operating room, data in this domain are
limited.7,9,19-24 Given that postoperative morbidity is a significant factor in long-term disability, health care costs, and patient recovery, understanding how surgeon-anesthesiologist familiarity impacts patient outcomes in broader contexts is
essential.25-28 Perioperative team organization, including the scheduling of specific surgeon-anesthesiologist dyads, represents a modifiable factor that could be leveraged to improve
patient outcomes.

Essa indicação foi gentilmente feita pela Dra. Carolina Ribeiro Mello

Retrospective analysis of 30-day unplanned readmission after major abdominal surgery with reversal by sugammadex or neostigmine

Oh TK, Oh AY, Ryu JH, Koo BW, Song IA, Nam SW, et al.
British Journal of Anaesthesia 2019 Mar; 122(3): 370-78. (In press)

 

O sugamadex possui um custo unitário elevado, quando comparado diretamente com a neostigmina, fator que dificulta sua padronização em larga escala. Entretanto, algumas evidências apontam para desfechos mais positivos, como menor incidência de bloqueio neuromuscular residual e de complicações pulmonares em pós-operatório.
Isso nos faz interrogar se sua relação custo-benefício não seria favorável. Neste sentido, este estudo coreano nos traz mais uma evidência a favor da utilização do sugamadex quando comparado à neostigmina.

Os autores realizaram um estudo retrospectivo, unicêntrico, com cerca de 1.500 pacientes que se submeteram à cirurgia abdominal de grande porte, e analisaram a taxa de readmissão hospitalar em 30 dias após a alta.
Por meio de uma análise de propensity-score matching, que tende a eliminar possíveis viéses de confundimento, os autores descobriram uma menor taxa de readmissão hospitalar em 30 dias nos pacientes que foram revertidos com sugamadex quando comparados aos que receberam neostigmina.
Apesar desses achados acrescentarem evidências sobre os benefícios clínicos do sugamadex, especialmente a longo prazo, a relação causal direta permanence difícil de se fazer, necessitando de reproducibilidade desses resultados e, principalmente, de estudos com desenhos mais apropriados para que se comprove – ou não – esta associação.

Incidence and risk factors of hypoxaemia after preoxygenation at induction of anaesthesia

Baillard C, Boubaya M, Statescu E, Collet M, Solis A, Guezennec J, et al.
British Journal of Anaesthesia 2019 Mar; 122(3): 388-94. (In press)

 

A hipoxemia após a indução anestésica, não raro acontece, especialmente em situações clínicas já conhecidas de todo anestesiologista, como, por exemplo, nas populações pediátrica e obstétrica, obesos mórbidos, “estômago cheio” e pacientes sépticos, entre outras. Este estudo francês, prospectivo e multicêntrico, analisou aproximadamente 2.400 pacientes submetidos à anestesia geral e encontrou uma incidência de 6% de hipoxemia após a indução (definida com SpO2 < 95%).

Os fatores de risco para este evento foram: hipertensão arterial sistêmica, DPOC, cirurgias de emergência, dificuldade de ventilação e de intubação orotraqueal. Além desses, a pré-oxigenação ineficaz do paciente (definida como a incapacidade de se atingir uma SatO2>90%) também se mostrou um fator de risco independente, e ocorreu em cerca de 30% dos pacientes estudados.
Esses achados levantam a hipótese de que outras medidas adicionais poderiam ser utilizadas para garantir uma pré-oxigenação eficaz, especialmente em alguns grupos de pacientes. Entre as técnicas citadas pelos autores, há o alto fluxo de oxigênio via cânula nasal e CPAP.

Essas indicações foram gentilmente feitas pelo Dr. Glauber Gouvea

Perioperative management of the adult patient on venousvenous extracorporeal membrane oxygenation requiring noncardiac surgery.

Fierro MA, Daneshmand MA, Bartz RR. Anesthesiology 2018 Jan; 128 (1): 181 – 201

O uso da membrana extracorpórea de oxigenação (ECMO) vem crescendo no mundo inteiro. Muitos indivíduos sob esse suporte necessitam de algum procedimento cirúrgico, portanto faz-se necessário por parte dos anestesiologistas um amplo conhecimento das modificações fisiológicas, implicações anestésicas e funcionamento do ECMO, para melhor atendimento de seus pacientes.

Este artigo de revisão é bastante esclarecedor, no que tange as diversas alterações fisiológicas e suas implicações anestésicas, no paciente que esteja sob suporte de membrana extracorpórea de oxigenação veno-venosa e necessite de procedimento anestésico em cirurgia não-cardíaca.
Boa leitura!

Antifibrinolytic Therapy and Perioperative Considerations

 Levy JH, Koster A, Quinones QJ et al. Anesthesiology. 2018 Mar;128(3):657-670

A fibrinólise é um componente fisiológico da hemostasia que funciona para limitar a formação de coágulos. No entanto, após trauma ou cirurgia, a hiperfibrinólise pode contribuir para a coagulopatia, sangramento e resposta inflamatória excessiva. Os agentes antifibrinolíticos são cada vez mais utilizados para reduzir o sangramento, a administração de sangue alogênico e os desfechos clínicos adversos.
O ácido tranexâmico é o mais extensivamente estudado e usado na maioria dos países. Esta revisão busca elucidar o papel da fibrinólise como mecanismo fisiopatológico, além de analisar os diversos agentes farmacológicos utilizados para inibir a fibrinólise, concentrando – se principalmente no papel do ácido tranexâmico.

Essas indicações foram gentilmente feitas pelo Dr. Sergio Teixeira Sant’Anna Junior

Any news on the postdural puncture headache front?

Peralta F, Devroe S. Best Pract Res Clin Anaesthesiol, 2017;31:35-47.

 

A cefaleia pós-punção da dura-máter (CPPDM), inadvertida ou não, embora autolimitada e benigna na maioria das vezes, traz um desconforto incapacitante ao paciente e exige, do anestesista, uma conduta terapêutica urgente. O diagnóstico é eminentemente clínico e de fácil execução, mas as condutas preventivas e terapêuticas são causas de incerteza para o anestesiologista, pela limitada evidência científica quanto à segurança e efetividade.
O artigo proposto, de revisão, traça um perfil fisiopatológico, diagnóstico e das complicações da CPPDM. Analisa, a seguir, os métodos preventivos e terapêuticos apoiados em revisões sistemáticas e meta-análises. Após esta leitura, concluiremos que algumas condutas devem ser abandonadas, ao passo que outras exibem consistência e permanecem executáveis. Boa leitura.

Guidelines on the management of postoperative pain

Chou R, Gordon DN, de Leon-Casasola AO et al. The Journal of Pain, 2016;17:131-57.

O controle da dor aguda no pós-operatório continua sendo um desafio para o anestesiologista, apesar do vasto arsenal terapêutico disponível. Estamos aquém do cenário ideal, posto que menos da metade dos pacientes cirúrgicos refere um adequado alívio da dor. A presença de dor impacta negativamente a recuperação pós-cirúrgica, aumenta as complicações e o tempo de internação hospitalar, além de haver o potencial de se tornar crônica.
Este guideline, proposto pela American Pain Society e American Society of Anesthesiologists, com revisão e aprovação da American Society of Regional Anesthesia and Pain Medicine, baseado em evidências científicas, avalia e propõe condutas terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas seguras no controle da dor pós-operatória em adultos e crianças. Boa leitura.

Essas indicações foram gentilmente feitas pela Dra. Maria Angélica Abrão, TSA

Strategies for the prevention of airway complications – a narrative review

Cook TM. Anaesthesia,2018;73:93-111.

As complicações decorrentes da abordagem da via aérea representam um tema importante dentro da anestesiologia moderna. O presente artigo enfatiza, de forma didática e em uma revisão narrativa, as informações, obtidas através de literatura recente, que objetivam a prevenção dessas complicações. Ele destaca que, apesar do avanço da segurança, proporcionado pela tecnologia, ainda há limitações em alguns cenários, como na comunicação e na tomada de decisões durante situações “não intubo, não oxigeno”. Curiosamente, ensaios controlados aleatórios fornecem pouca informação útil sobre segurança nessa situação, e os dados de registros e de bancos de dados, provavelmente, terão mais valor.

New Hypnotic Drug Development and Pharmacologic Considerations for Clinical Anesthesia

Tanious MK, Beutler SS, Kaye AD et al.
Anesthesiology Clín, 2017;35:e95-e113.

Há décadas, os anestesiologistas buscam o agente ideal para garantir uma indução de anestesia mais segura. Um progresso notável, na área do desenvolvimento de novos medicamentos e na criação de “drogas suaves” (análogas aos compostos já existentes), vem ocorrendo recentemente. Este artigo avalia o progresso atual no desenvolvimento de novos agentes hipnóticos, e fornece uma atualização sobre os fármacos mais promissores para entrar na prática clínica. Além disso, descreve as tendências no desenvolvimento desses novos agentes, suas implicações para os custos com o sistema de saúde e para o cuidado perioperatório.

Essas indicações foram gentilmente feitas pela Dr. Sergius Arias Rodrigues de Oliveira, TSA